Sim, eu nunca pensei que usaria este blog para escrever qualquer coisa além de denunciar a bagunça que é nosso sistema carcerário. No fim, achei que era muito bom que eu usasse este espaço. Mais do que nunca, é preciso saber quem está falando. E quem vos fala é alguém que acredita que todos os seres humanos devem ser tratados com dignidade independentemente de seus erros. E como nós tratamos nossos infratores diz muito mais sobre nós do que sobre eles.
Dito isso, se você não concorda, vá embora. Provavelmente você é exatamente o tipo de pessoa que estragou esse movimento bonito no qual eu acreditava. E, não, não estou falando dos vândalos. Vândalos não me dão medo. O que me dá medo são os cartazes. É você que segurou uma placa pedindo a dissolução do Congresso e o impeachment da presidenta. Sim, meu povo, porque o Congresso não é nossa vergonha, mas nosso orgulho. Nós os elegemos e eles são o símbolo da democracia, assim como os partidos políticos. Nossa vergonha é a corrupção, isso sim. Impeachment não é palavra para gastar à toa, porque você não gosta do Bolsa Família. Responsabilidade: temos que manter nossa democracia estável.
Eu tenho medo é de você que gritou contra as cotas para alunos de escolas públicas, que pediu mais religião na política, que escreveu que Bolsa Família sustenta vagabundo, que ficou dançando capoeira e cantando o hino nacional como se isso fosse uma grande Copa do Mundo fora do estádio. Democracia não é brincadeira. Mensagens nacionalistas podem facilmente descambar para o fascismo.
E é por isso que me retiro dos protestos, muito triste. Eles não me representam mais. Essas bandeiras vazias - ou pior, cheias de conteúdos conservadores- não representam meus anseios por um país mais igualitário, em que o pobre more em Higienópolis, Jardins e no Plano Piloto, ou ao menos tenha transporte público acessível para usufruir da sua cidade, no centro. Não refletem meu desejo de ver abertas as contas do Mané Garrincha, estádio mais caro da Copa e claramente superfaturado.
O Congresso me representa. Quem não me representa são vocês que estão destruindo nosso lindo movimento.
Dito isso, se você não concorda, vá embora. Provavelmente você é exatamente o tipo de pessoa que estragou esse movimento bonito no qual eu acreditava. E, não, não estou falando dos vândalos. Vândalos não me dão medo. O que me dá medo são os cartazes. É você que segurou uma placa pedindo a dissolução do Congresso e o impeachment da presidenta. Sim, meu povo, porque o Congresso não é nossa vergonha, mas nosso orgulho. Nós os elegemos e eles são o símbolo da democracia, assim como os partidos políticos. Nossa vergonha é a corrupção, isso sim. Impeachment não é palavra para gastar à toa, porque você não gosta do Bolsa Família. Responsabilidade: temos que manter nossa democracia estável.
Eu tenho medo é de você que gritou contra as cotas para alunos de escolas públicas, que pediu mais religião na política, que escreveu que Bolsa Família sustenta vagabundo, que ficou dançando capoeira e cantando o hino nacional como se isso fosse uma grande Copa do Mundo fora do estádio. Democracia não é brincadeira. Mensagens nacionalistas podem facilmente descambar para o fascismo.
E é por isso que me retiro dos protestos, muito triste. Eles não me representam mais. Essas bandeiras vazias - ou pior, cheias de conteúdos conservadores- não representam meus anseios por um país mais igualitário, em que o pobre more em Higienópolis, Jardins e no Plano Piloto, ou ao menos tenha transporte público acessível para usufruir da sua cidade, no centro. Não refletem meu desejo de ver abertas as contas do Mané Garrincha, estádio mais caro da Copa e claramente superfaturado.
O Congresso me representa. Quem não me representa são vocês que estão destruindo nosso lindo movimento.
Gostei!
ResponderExcluirBoa Nana!!!
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